Não é nenhuma novidade, mas vale a informação. Nossos — literalmente — caríssimos “representantes” custam mais que os políticos ingleses.

Enquanto os britânicos ganham cerca de US$ 321.000 por ano, os brasileiros recebem US$ 550.000 — isso sem contar a verba para passagens aéreas, cujo valor oscila de acordo com o Estado de onde sai o político.


Se o custo de vida das cidades que sediam os parlamentos fosse levado em conta, os valores deveriam ser trocados. Londres é obviamente mais cara que Brasília. A capital inglesa aparece na 27ª posição do ranking da revista The Economist. A brasileira ocuparia o equivalente ao 82º lugar.

A maior disparidade, porém, aparece na comparação da riqueza dos países. O PIB per capita inglês, de US$ 36.523, é quase três vezes e meio maior que o brasileiro, de US$ 10.326. Em outras palavras, o país mais pobre gasta mais.

Outra vantagem para os deputados brasileiros é que, no momento de crise, eles apanham menos. Neste mês, vieram à tona denúncias de uso indevido de verbas por integrantes da Câmara dos Comuns inglesa. O presidente da casa renunciou e mais de dez membros disseram que vão fazer o mesmo. Aqui, os escândalos não tiveram esse impacto. Nenhuma cabeça rolou e houve até quem dissesse que estava se lixando para a opinião pública.

É isso aí. Ano que vem temos novas eleições. Teoricamente temos o poder de escolher corretamente quem tem real interesse em se eleger para trabalhar e não para fazer o pé de meia próprio e das futuras gerações de familiares.

Fonte: Jornal da Tarde